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domingo, 16 de janeiro de 2011

[14/01] Eluveitie fala com a ROCK BRIGADE sobre a banda e turnê brasileira
Eluveitie: 100% metal, 100% folk

Por Rock Stars

O Eluveitie, apesar de ser uma banda suíça, distante dos países nórdicos,  tem letras  que naturalmente abordam aspectos da mitologia dos vikings. Tão natural quanto, incluem elementos tradicionais folk ao metal - que no álbum Everything Remains (as it never was) se aproxima do do rotulado melodic death metal. Mas, segmentar estilos e sonoridades é uma questão complexa e importante para este octeto, que de acordo com o frontman Christian "Chrigel" Glanzmann, é tão preocupado em soar folk como metal, numa mistura autêntica. No final de janeiro o Eluveitie realizará três shows no Brasil (São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba) e Chrigel fala com exclusividade sobre a primeira turnê por aqui.
Eluveitie.jpg

















ROCK BRIGADE: O que a banda que dizer com o termo “new wave of folk metal”?
Christian "Chrigel" Glanzmann: Surgimos com este termo pouco antes de gravarmos o primeiro álbum do Eluveitie. Naquela época, era uma questão importante e gostaríamos de deixar claro que não éramos simplesmente uma banda de folk/pagan metal como muitas outras do estilo, mas diferente em vários aspectos. No entanto, era também uma brincadeira. Antigamente – e até mesmo nos dias de hoje – categorizar música, especialmente através da imprensa, é tão sofrível um “tumor violento” (risos). Toda a cena, assim como a imprensa, costumava aparecer como mais e mais rótulos para este tipo de música: folk metal, pagan metal, heathen metal, celtic metal, viking metal, forest metal, etc. Simplesmente ridículo. E bem, apenas no intuito de gozar disso, decidimos aparecer com mais um rótulo! 

RB: Aparentemente, a sonoridade do Eluveitie tem muito de música folk, mas executado numa roupagem moderna, aceitando as novas possibilidades de se trabalhar com o gênero, e ainda assim ser fiel ao estilo. Qual a importância para a banda ter influências tanto do metal como do folk?
CHRIGEL: Uau! Muito legal você ter notado isso e identificar a sonoridade desta maneira! Obrigado, eu não conseguiria explicar melhor! É exatamente o que fazemos e por um bom motivo. Para nós, é muito importante ser 100% metal assim como 100% folk tradicional. Por isso não somos apenas uma banda de folk/pagan metal, mas uma banda que combina dois tipos de música. Pessoalmente, eu sou tanto um músico folk como um músico de metal e por isso eu estou aberto para novas experiências. Quando toco folk, é tocado de modo autêntico e com instrumentos tradicionais do gênero. E não tenho restrições de ter influencias modernas ou tecnologias de estúdio.

RB: As letras em Everything Remains (as it never was) dialogam com estas questões? 
CHRIGEL: Acredito que não. Liricamente, o álbum é uma coleção de estórias do ancião Gaul, como destinos individuais, estórias de importantes personagens históricos, etc.

RB: O álbum traz muitas sonoridades e variações nas melodias. Como você organiza todas as ideias e harmonias para transformá-las em músicas?
CHRIGEL: Acontece muito natural e intuitivamente. Quando escrevo músicas do Eluveitie, as ideias, basicamente, surgem em minha mente, não preciso de instrumentos, papel e caneta ou computador para compor. De certa forma eu as imagino para todos os instrumentos. Quando uma canção é mentalmente finalizada, sei o que cada instrumento tocará e, rudemente, gravo-a em casa. Não consigo tocar bateria, hurdy gurdy e violino, então, as linhas para os instrumentos são programadas em midi. Depois envio a música para todos os integrantes da banda para ensaiá-la e refiná-la juntos.         

RB: Eluveitie é ainda um nome novo para muitos fãs de metal no Brasil, mas a banda está na ativa desde 2002. Além disso, vocês são grandes na Europa. Conte a respeito da ascensão nestes anos na cena musical. 
CHRIGEL: Estamos trabalhando muito, muito duro para seguir adiante e ir o mais longe possível enquanto uma banda de metal extremo. E realmente estamos constantemente crescendo nos últimos oito anos. Sim, acredito que temos um nome consolidado na Europa, ao menos é o que parece, por exemplo, quando uma banda de metal está no top 10 nas paradas musicais oficiais. Isto aconteceu conosco com o último álbum lançado, que atingiu as paradas em, aproximadamente, dez países. Nos Estados Unidos também, onde fomos a banda principal em uma turnê, ou na Índia, onde nos apresentamos para mais de 20 mil pessoas em 2010.

RB: A respeito da primeira turnê no Brasil, quais são as suas expectativas para os três shows agendados?
CHRIGEL: Envergonho-me em admitir que não sei muito sobre a cena de metal no Brasil. Claro, conhecemos algumas bandas brasileiras com quem já tocamos em festivais, como Sepultura e Soulfly. No entanto, estamos muito ansiosos para finalmente conhecer nossos fãs por aí e agitar com eles. Temos certeza que serão um momentos proveitosos! Quanto às nossas expectativas? Uma temperatura extremamente quente e molhada, para o nosso gosto (risos). Vocês devem saber que neste período do ano, na Europa, estamos cobertos de gelo, num inverno frio com temperaturas a -15º.     

RB: Prepararão um set list especial, com músicas de toda a carreira do Eluveitie?
CHRIGEL: Sim, nos apresentaremos com um set-list legal e extendido, que combinará material novo e antigo.

RB: Por favor, deixe uma mensagem para os fãs brasileiros a respeito da vinda do Eluveitie ao país.
CHRIGEL: Tudo o que posso dizer é: obrigado! Obrigado pelo interesse em nossa banda e acreditem, esperávamos por este momento o tanto quanto vocês! Espero ver todos nos shows!
 

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